REGENERAÇÃO
Em 1851, o golpe de Estado do marechal-duque de Saldanha instaurou uma nova etapa politica em Portugal, designada por Regeneração. Tratou-se de um movimento simultaneamente político e social, na medida em que pretendeu conciliar as diversas fações do Liberalismo e harmonizar os interesses da alta burguesia com os das camadas rurais e da pequena e médias burguesias. Para o efeito, procedeu-se à revisão da Carta Constitucional, assegurou-se o rotativismo partidário e promoveu-se uma série de reformas económicas.
A política de Obras Públicas do período da Regeneração foi designada por fontismo devido à acção do ministro Fontes Pereira de Melo. Preocupado em recuperar o país do atraso económico e tecnológico, Fontes encetou uma política de construção de novos meios de comunicação e transporte, tais como estradas, caminhos-de-ferro, carros eléctricos, pontes, portos, telégrafo e telefones.
Revolução dos transportes e vias de comunicação
Esperava-se que a política de instalação de meios de transporte e de comunicação levasse a todo o país um progresso geral. Assim, apostou-se na construção rodoviária e na expansão da rede ferroviária (em cerca de 50 anos, desde a ligação de Lisboa ao Carregado, em 1856, as vias férreas cobriram o território nacional). Construíram-se pontes (por exemplo, a ponte D. Maria Pia, no Porto, 1857-1877) e portos (nomeadamente, o porto de Leixões). A introdução do telégrafo (1857) e a reorganização dos correios, através do estabelecimento do porte único para todo o país e da criação de um novo mapa de estações postais, completou a obra do fontismo. Nos finais do século XIX, o automóvel e o carro eléctrico eram conhecidos dos portugueses.
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