quarta-feira, 18 de novembro de 2015

GRITO do IPIRANGA
INDEPENDÊNCIA OU MORTE...

Acontecimento ocorrido a 7 de setembro de 1822 que simboliza a independência do Brasil. Na sequência de diversos conflitos de poderes entre as Cortes e a administração da colónia, o príncipe português D. Pedro (o futuro D. Pedro IV), regente do Brasil, declarou o território definitivamente separado da metrópole, bradando "Independência ou morte!". O facto ocorreu nas margens do Rio Ipiranga. No dia 1 de dezembro seguinte, D. Pedro foi coroado imperador do Brasil.
Cena do filme de 1972 estrelado por Tarcísio Meira em que D. Pedro proclama a independência do Brasil às margens do rio Ipiranga, em São Paulo e depois é coroado primeiro imperador do país.
José Hermano Saraiva fala da vida, prisão e morte de 
Gomes Freire de Andrade

sábado, 7 de novembro de 2015

1820 e o Liberalismo

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3ª Invasão Francesa
A terceira invasão francesa em 1810, liderada pelo Marechal Massena, foi detida nas linhas de Torres. Um sistema defensivo que rodeava Lisboa e travou a progressão das forças invasoras.
Conhecido como filho da vitória, por nunca ter sido derrotado, Massena entra em Portugal à frente de um exército com mais de 65 mil homens.
As forças invasoras entram por Almeida em Julho de 1810. A praça portuguesa rende-se depois da explosão de um paiol.
No percurso para a capital sofrem uma derrota pesada na batalha do Buçaco, mas prosseguem o caminho tentando entrar em Lisboa.
São detidos frente às Linhas de Torres e meses depois abandonam o país.
Batalha do Buçaco
A batalha do Buçaco teve lugar em Setembro de 1810 e é a primeira derrota francesa durante a terceira invasão. Apesar das baixas o marechal Massena continuará o caminho para Lisboa e será detido nas Linhas de Torres.
Mais de cem mil homens ficaram frente a frente na batalha do Buçaco no dia 27 de Setembro de 1810.Dos cerca de 50 mil soldados aliados, metade são portugueses.
O marechal Massena não consegue evitar a derrota, mas entende ter condições para prosseguir em direção à capital. A vitória dá às tropas de Wellington tempo para recuar para as Linha de Torres, onde irão deter o exército francês.
As Linhas de Torres Vedras
As Linhas de Torres são um conjunto de fortificações, dispostas ao longo de três linhas de defesa, que tinham como objetivo impedir o acesso a Lisboa às forças da terceira invasão francesa.
As Linhas de Torres foram mandadas construir pelo Duque de Wellington em Outubro de 1809, com o objetivo de deter uma terceira invasão francesa que se adivinhava. Tentava-se evitar que as forças napoleónicas chegassem a Lisboa.Nesse sentido foram construídas três linhas de defesa com várias dezenas de quilómetros.
A primeira linha estende-se de Torres Vedras, passa pelo Sobral do Monte Agraço e termina em Alhandra. A segunda percorre as áreas de Mafra, Montachique e Bucelas. A terceira cobre a enseada de S. Julião das Barra.
As construções defensivas aproveitam as irregularidades do terreno e compreendiam linhas de trincheiras, baluartes de artilharia, fortins e fortes. Em alguns pontos foram também abertos fossos ou realçados acidentes naturais do terreno.
A construção deste intricado sistema de defesa levou cerca de um ano, e Wellington esperava parar as tropas francesas antes destas chegarem à capital ou, pelo menos, ganhar tempo para embarcar as tropas ingleses em Lisboa.
Após a batalha do Buçaco, a 27 de Setembro de 1810, as tropas francesas continuaram a avançar apesar da derrota.
As primeiras tropas francesas avistaram as linhas de torres em 11 de Outubro e Massena percebeu que seria impossível ultrapassar este obstáculo sem reforços.
Registaram-se pequenas escaramuças mas Massena acabou por retirar ao fim de cerca de um mês. O exército francês iria deambular pelo país durante vários meses, perseguido por Wellington, antes de retirar para Espanha.
2ª Invasão Francesa a Portugal 
O marechal Soult comanda a segunda invasão francesa em 1809. As forças napoleónicas encontram forte resistência de forças regulares e gerrilhas em todo o território e abandonam rapidamente o país.
Aproveitando uma vitória sobre o general britânico Moore, em território espanhol, os franceses liderados por Soult entram no país pela zona de Chaves e conseguem chegar ao Porto.
A forte resistência através de forças do exército luso-britânico e também de muitos populares, reunidos em grupos de guerrilha, obrigam os franceses a abandonar o país.
Ao longo do percurso de entrada e saída do exército francês ficou um rastro de mortos, destruição e pilhagem pelo norte do país
O desastre da Ponte das Barcas
O medo das tropas francesas empurrou milhares de pessoas do Porto para o rio Douro, que tentaram atravessar utilizando uma ponte construída sobre barcas. Com o peso da multidão esta cedeu tendo morrido cerca de quatro mil pessoas.
Em 29 de Março de 1809, durante a segunda Invasão Francesa, o marechal francês Soult entrou de forma inesperada na cidade do Porto.
A população assustada tentou cruzar o rio para a outra margem com o objetivo de criar alguma distância em relação aos invasores.
Precipitaram-se para uma ponte do Douro, construída sobre uma vintena de barcas que acabou por ceder arrastando as pessoas para o rio. Calcula-se que tenham morrido cerca de quatro mil pessoas.
Este desastre é recordado no local onde aconteceu através de um memorial projetado pelo arquiteto Souto Moura.
A cidade foi do Porto foi alvo de saque nos dias seguintes.

Em Março de 2009, dois séculos depois dos acontecimentos, o Presidente da República, Cavaco Silva, inaugurou no Porto um monumento em memória das cerca de quatro mil vítimas do desastre da Ponte das Barcas ocorrido em 1809.
O monumento é da autoria do arquiteto Souto Moura, que colocou grandes peças metálicas junto aos locais onde se procedia à amarração das cordas que prendiam as barcas que constituíam a ponte.
"Ir pró maneta" e outras histórias das invasões francesas 
Ir para o maneta

significa estragar-se; desaparecer; morrer.
Conta-se que na época da invasão de Portugal por parte dos franceses, um general, chamado Loison, tinha perdido um braço numa das batalhas anteriores. Ele era o responsável pelas torturas aos presos e tinha, inclusivamente, causado várias mortes.
Por ser tão terrível nas torturas que executava surgiu um medo popular do general Loison. Mas ninguém o tratava por esse nome. Chamavam-lhe o maneta.
Quando havia o perigo de se ser capturado ouvia-se logo o conselho: "Tem cuidado, que ainda vais para o maneta".
Duzentos anos depois ainda a expressão é, habitualmente, utilizada.

AS INVASÕES FRANCESAS EM PORTUGAL
As tropas francesas, comandadas pelo General Junot, entram pela Beira baixa em 17 Novembro de 1807 e, sem enfrentar qualquer resistência organizada, chegam a Lisboa no dia 30 Novembro. 
A família real portuguesa tinha entretanto escapado do país em direção ao Brasil, como havia sido acordado com os ingleses meses antes. 
As tropas invasoras instalam-se na capital e ocupam todo país durante os meses seguintes. A resistência surge na forma de forças de guerrilha. Algumas revoltas locais são, maioritariamente, esmagadas pelas tropas francesas. 
A situação só muda em Agosto do ano seguinte, quando uma esquadra britânica chega a Lavos e desembarca cerca de 16 mil homens, comandados pelo general Arthur Wellesley (futuro Duque de Wellington). As tropas, reforçadas por cerca de dois mil portugueses, avançam para Lisboa pelo litoral. O primeiro confronto sério acontece na Roliça, a 17 de Agosto, onde os franceses, em inferioridade numérica perdem a batalha. A 21 dá-se novo recontro, agora no Vimeiro. 
À frente dos franceses está já o general Junot. Apesar de um maior equilíbrio de forças – 14 mil franceses contra 18 mil luso-britânicos – a vitória volta a pertencer a Wellesley. A rendição das forças francesas é efetivada na Convenção de Sintra. - See more at: http://ensina.rtp.pt/artigo/primeira-invasao-francesa/#sthash.6p9vMUMI.dpuf

As batalhas da Roliça e do Vimeiro são os primeiros confrontos militares sérios na Península Ibérica entre as forças britânicas e francesas. Os primeiros venceram os dois combates e puseram fim à primeira invasão francesa.